segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Chuva nos reservatórios do Rio São Francisco melhora o turismo e a produção de energia

Velho Chico enfrenta uma crise hídrica desde 2013.


O Rio São Francisco, que desde 2013 enfrenta uma crise hídrica, está se recuperando por causa da chuva nos reservatórios. Ótima notícia para os ribeirinhos e para quem depende economicamente do rio para sobreviver.
A vazão do Rio São Francisco passou de 550 m³/s, a mais baixa da história, para 800 m³/s, a partir da hidrelétrica de Xingó, entre Alagoas e Sergipe. Um alento para mais de 18 milhões de pessoas que dependem do Velho Chico.
"Ver o rio enchendo é uma maravilha, neh? Isso aí é uma riqueza pra gente, para o pescador é mais uma farturazinha e se fosse assim todo ano iria ser bom demais", afirma o pescador João de Deus da Silva.
O peixe que andava raro, aos poucos começa a repovoar o rio. Isso é possível graças à chuva e à água acumulada nos reservatórios de Três Marias, em Minas Gerais, de Sobradinho, na Bahia, e Itaparica, Pernambuco, que hoje estão em média com 43% da capacidade total.
Há um ano, os três reservatórios tinham em média 16%. Com isso, mais água passa pelas turbinas das usinas da Bacia do São Francisco e consequentemente mais energia é gerada. O aumento equivale em média a 280 MW por semana, segundo o operador nacional do sistema elétrico.
A recuperação do volume d'água também permite que embarcações maiores voltem a circular no Rio São Francisco. Uma boa notícia para quem depende do turismo na região.
"É primordial que o rio volte a ter mais água suficiente, que ´rio tenha um volume bom de água, para que a gente possa ter maior segurança, maior conforto, na navegação que é feita pelas embarcações", afirma o operador de turismo Jairo Oliveira.
A expectativa dos moradores é ver, nos próximos anos, o Velho Chico completamente recuperado. "Um dia vê essas pedras aqui tudo cobertas como era antigamente, com fé em Jesus, primeiramente. Tem que chover muito em Minas Gerais", diz o barqueiro Paulino Monteiro.
"Desde 2013 nós temos sofrido diveras diminuições de vazões decorrente do período de estiagem na Bacia do São Francisco, uma crise hídrica jamais vista. Esse ano nós estamos com os reservatórios se recuperando. Então, já dá um fôlego melhor", afirma o vice-presidente do Comitê da Bacia do São Francisco, Maciel Oliveira.

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