quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Vazão de 4 mil m³/s em Sobradinho permanece até 1º de fevereiro

Medida visa manter nível de segurança por conta da cheia do Rio São Francisco

A vazão da barragem de Sobradinho (BA), a maior do Nordeste, atingiu 4 mil m³/s nesta segunda-feira (24) e vai permanecer nesse patamar ao menos até o dia 1º de fevereiro. A marca é a maior dos últimos 13 anos. A informação foi divulgada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). O aumento da vazão vem acontecendo gradualmente desde o dia 12 de janeiro e se dá em razão da cheia na Bacia do Rio São Francisco, ocasionada pelas chuvas que atingem a Bahia e Minas Gerais desde dezembro. 

“Nessas condições, caracterizada a necessidade de operação para controle de cheias, Cemig e Chesf, agentes responsáveis pelas principais hidrelétricas do rio São Francisco, identificam a necessidade de aumentar as vazões defluentes praticadas com o objetivo de preservar os volumes de espera dos reservatórios. Os volumes de espera são projetados para suportar as ondas de cheia e proteger as populações e estruturas abaixo das barragens contra inundações”, explicou a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). 

As barragens de Itaparica e Paulo Afonso também estão com vazão elevada, assim como a de Xingó, que fica entre Sergipe e Alagoas e faz parte do grupo de barragens alimentadas pelo São Francisco. O bairro Angari, em Juazeiro, é um dos mais atingidos. A Defesa Civil do município mapeou 25 famílias que precisavam deixar as casas; dessas, 20 aceitaram a mudança. Em Bom Jesus da Lapa, famílias também estão deixando suas casas e uma força tarefa foi montada para resgatar animais atingidos pelas águas. 

Em Abaré, o Secretário de Agricultura Marcelo Tolentino alertou os produtores agropecuários da região ribeirinha, para observarem diariamente o aumento do nível das águas do rio, visando a segurança de suas famílias, a proteção dos seus equipamentos de trabalho e o remanejamento dos seus criatórios para áreas seguras. Em Paulo Afonso, as cachoeiras voltaram a ter grande volume, contribuindo com o turismo na cidade. 

Segundo a Chesf, o nível do rio deve continuar subindo até meados de abril, porque há previsão de chuva para a região, especialmente na Bacia do Rio São Francisco.

Cheia do Rio São Francisco

Prefeituras de municípios ribeirinhos do Submédio e Baixo São Francisco foram contatadas e alertadas no dia 11 pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) sobre as alterações de vazão e das condições de cheia no Velho Chico, para preservar a população ribeirinha. O nível do rio vem subindo desde o dia 12 de janeiro. 

“O Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS, declarou regime de cheia na Bacia do Rio São Francisco e, dessa forma, temos que atuar com regras específicas, aguardando chegar mais água, pois ainda há chuvas para chegar na Bahia vindas de Minas Gerais. A previsão é Sobradinho, nosso maior reservatório, alcançar 75% de armazenamento no fim de janeiro”, informou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.

Segundo a Chesf, a Bacia do São Francisco passava por um período de seca predominante, por isso a vazão de 4 mil m³/s não era necessária há 12 anos. A nível de comparação, a capacidade de Sobradinho chegou a 1% em 2015. Neste domingo (23), a capacidade era de 67%. “Vínhamos com uma política totalmente diferente, voltada para a seca. Agora em janeiro, tudo mudou. E estamos observando cheias mais recorrentes, a tendência é de que os intervalos entre elas sejam mais curtos, tudo isso devido às mudanças climáticas”, disse o Secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHRS), Almacks Luiz Silva.

Nesta terça (25), acontece mais uma reunião da Sala de Monitoramento da Agência Nacional de Água para o cálculo da quantidade de água prevista para chegar às barragens até o final do período úmido, em abril. 




Cheia do São Francisco com vazão de 4.000m³/s em Juazeiro/BA.

O rio São Francisco está com vazão de 4.000m³/s neste dia 26/01/22, segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Na vila de pescadores no bairro Angary, habitações que foram construídas a poucos metros da margem do rio estão alagadas. No ponto das barquinhas, que faz a travessia entre Juazeiro/BA e Petrolina/PE, as águas estão na rampa de acesso próximo ao paredão do cais. Em alguns pontos na parte baixa da orla a passarela foi invadida pelas águas.











sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Novas imagens mostram o avanço das águas do rio São Francisco na orla II de Juazeiro/BA.

A vazão liberada está em 3.305 m³/s, com data de 20/01/22, segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Imagens próximas ao bairro Angary em Juazeiro-BA/ vazão de 2.877m³/s

Segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) a vazão do dia 19/01 do Lago de Sobradinho está em 2.877 m³/s.

As imagens abaixo mostram as fotos tiradas em Juazeiro/BA próximas ao bairro Angary. O bairro é formado em sua maioria por pescadores. 

As três ultimas fotos mostram a cidade de Petrolina/PE na margem esquerda do rio São Francisco.


Foto: BARRETO, janeiro/2022.

Foto: BARRETO, 20/01/2022.

Foto: BARRETO, 20/01/2022.

Foto: BARRETO, 20/01/2022.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Chesf alerta 33 prefeituras sobre cheia no Rio São Francisco; situação pode causar alagamentos em três cidades baianas

Juazeiro, Paulo Afonso e Curaçá estão na lista dos municípios contatados pela empresa.


A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) alertou 33 prefeituras de municípios ribeirinhos, em quatro estados do nordeste, sobre a cheia no Rio São Francisco. Na Bahia, a situação pode causar alagamentos nas cidades de Juazeiro, Paulo Afonso e Curaçá.

O alerta da Chesf foi enviado também para cidades em Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O aumento do nível do rio começou no dia 12 de janeiro. Por causa da cheia, a liberação da água na barragem de Sobradinho deve ser ampliada para 4.000 m³ até a próxima segunda-feira (24). Essa é a maior vazão hídrica dos últimos 12 anos e regiões do Submédio e Baixo São Francisco podem ficar alagadas, segundo informou a Chesf.

Ainda segundo a empresa, as águas estão sendo liberadas para aguardar o grande volume de chuvas que estão caindo no Alto São Francisco durante o mês de janeiro.

"A previsão é que Sobradinho, nosso maior reservatório, alcance 75% de armazenamento no fim de janeiro”, informou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.

Confira as cidades ribeirinhas já contatadas pela Chesf:


Submédio São Francisco

Juazeiro - BA
Curaçá - BA
Paulo Afonso - BA
Petrolina - PE
Belém do São Francisco - PE
Cabrobó - PE
Floresta - PE
Lagoa Grande - PE
Santa Maria da Boa Vista - PE

Baixo São Francisco:

Penedo-AL
Pão de Açúcar-AL
Belo Monte - AL
Olho D’Água do Casado-AL
Porto Real do Colégio-AL
Piaçabuçu-AL
Piranhas-AL
São Brás-AL
Igreja Nova - AL
Traipu - AL
Propriá - SE
Amparo do São Francisco - SE
Brejo Grande - SE
Canhoba - SE
Canindé do São Francisco - SE
Gararu - SE
Ilha das Flores - SE
Monte Alegre de Sergipe - SE
Nossa Senhora de Lourdes - SE
Nossa Senhora da Glória - SE
Neópolis - SE
Poço Redondo - SE
Porto da Folha - SE
Telha - SE

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Famílias serão retiradas de casas por causa da cheia do Rio São Francisco, em Juazeiro

Previsão é de que ao menos 25 famílias deixem seus imóveis nesta segunda (17), por causa do risco de inundação.


Cerca de 25 famílias ribeirinhas do bairro Angary, em Juazeiro, no norte da Bahia, devem ser retiradas das casas nesta segunda-feira (17), por causa da cheia no Rio São Francisco. A comunidade é vizinha à Barragem do Sobradinho.

Famílias serão retiradas de casas por causa da cheia do Rio São Francisco, em Juazeiro — Foto: Reprodução/TV Bahia

A situação acontece porque a vazão do rio está em 2.300 m³ por segundo. Além disso, a previsão da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), é que a liberação da água seja aumentada para 4.000 m³ até a próxima segunda-feira (24).

A prefeitura fez um mapeamento das famílias que terão que sair das próprias casas por causa do risco de inundação aos imóveis. A mudança deveria ter ocorrido no sábado (15), mas houve resistência pelos moradores, que não queriam deixar seus imóveis.

Nível do rio sobe oito metros


O Rio São Francisco está oito metros e 24 centímetros acima do normal – a maior cheia dos últimos 14 anos. A cidade Bom Jesus da Lapa também está sendo bastante atingida. Restaurantes que ficam na área ribeirinha foram inundados e a população foi orientada a deixar os imóveis.

Famílias ribeirinhas de outras cidades do país já foram atingidas pela cheia do Velho Chico, e estão sendo retiradas. Parte delas está na região norte do estado de Minas Gerais.

No estado do Alagoas, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil emitiu alerta para sete municípios, sobre o aumento da vazão, porque o nível também tem subido de forma significativa.

Rio São Francisco tem cheia histórica e Hidroelétrica de Três Marias vai precisar abrir mais comportas


A Cemig iniciou na manhã desta sexta-feira (14), a abertura das comportas do reservató
rio da Usina Hidroelétrica de Três Marias, na região Central de Minas Gerais. No mesmo dia, a empresa informou que vai ser necessário abrir mais comportas para verter mais água no rio São Francisco. Mesmo com a liberação de mais água, o volume útil do reservatório deve chegar a 90% ainda neste sábado.

De acordo com a estatal, apesar de não haver chuvas previstas para a região de Três Marias nos próximos dias, em função das precipitações ocorridas nas últimas semanas, as afluências continuam em patamares extremamente altos em função do escoamento natural dos rios que alimentam o reservatório.

Na quinta-feira (13), foi registrado o recorde diário de vazão afluente, equivalente a 8.939 m³/s, superior às maiores vazões do histórico, ocorrida nos anos de 1983, 1997, 1992 e 1979 (anos das maiores cheias verificadas na região). No momento de pico, a vazão superou 9.200 m³/s, maior valor registrado desde 1962, quando a hidroelétrica entrou em operação. Este também é o maior volume de água já registrada no mês de janeiro em todo a história da usina.

Na avaliação da Cemig, essas vazões mais altas, mesmo com a política de vertimento avaliada anteriormente, mantém um significativo ganho de armazenamento do reservatório, o que leva à necessidade de ajustar uma ampliação das defluências totais a serem praticadas (vazão turbinada + vazão vertida). A previsão inicial era de vazão de 2.250 m³/s de defluência, agora, a programação prevê vertimento de 3.480 m³/s na segunda feira (17).

Às 12h30 deste sábado, de acordo com dados da empresa, o nível estava em 89,74%, com afluência de 7.997 m³/s e defluência de 2.199 m³/s.

Cronograma de vertimento

  • 15/01/2022, sábado: ampliação da liberação de vazão para 2.180 m³/s (vazão turbinada + vazão vertida);
  • 16/01/2022, domingo: ampliação da liberação de vazão para 2.680 m³/s (vazão turbinada + vazão vertida);
  • 17/01/2022, segunda-feira: ampliação da liberação de vazão para 3.480 m³/s (vazão turbinada + vazão vertida).
As manobras seguirão sempre às 08h de cada dia. A Cemig permanece monitorando a condição de operação do reservatório e novas ampliações podem ser necessárias, conforme as afluências verificadas no reservatório nos próximos dias. Pela tendência atual, a política de vertimento deverá se manter pelo menos até o final do mês de janeiro, sendo diminuída a partir do comportamento de queda das afluências.

A Cemig permanece em contato com o IEPHA e SAAE de Pirapora, com o objetivo de prover ao município as informações necessárias para a gestão do ponto às margens do rio São Francisco, onde o Vapor Benjamin Guimarães segue atracado para reforma e revitalização.

Norte de Minas e Bahia

Nos municípios do Norte de Minas Gerais, o nível do rio São Francisco começa a iniciar sua trajetória de queda depois da diminuição das chuvas nas bacias do Abaeté, Paracatu e Velhas. Apenas os afluentes foram suficientes para provocar uma das maiores cheias das últimas décadas.

Muitas moradores de comunidades ribeirinhas ficaram isolados ou precisaram deixar suas casas com o avanço do rio por suas margens, braços e ilhas.

Em Buritizeiro, o rio atingiu a cota de 10,04 metros (m) na noite de quinta-feira (13). Na manhã desde sábado, o nível já havia caído para 9,69 m. Já em São Romão, abaixo da foz do Rio Paracatu, o pico de 9,49 m foi atingido na noite desta sexta-feira. Às 10h do dia seguinte, o nível já havia baixado cinco centímetros.

Mais ao norte, no município de São Francisco, a cheia atingiu seu maior limite na manhã de sábado, 9,63 m. É provável que o nível comece a baixar durante o dia. Com a abertura das comportas de Três Marias, o nível deve voltar a subir nestas cidades.

Na Bahia, em Bom Jesus da Lapa, o nível do rio deve continuar a subir por mais alguns dias, de forma bem lenta. A cota atingida neste sábado é de 8,53 m, com vazão de 5.110 m³/s.

O reservatório de Sobradinho chegou a 62,72% de sua capacidade. Desde quarta-feira, a vazão defluente foi aumentada de 800 m³/s para 1.756 m³/s.

Fonte: https://agenciasertao.com/2022/01/15/rio-sao-francisco-teve-cheia-historica-e-hidroeletrica-de-tres-marias-vai-precisar-abrir-mais-comportas/amp/