sábado, 25 de novembro de 2017

Intervenção impede que esgoto da Orla I caia no rio São Francisco



Está sendo realizada na Orla I da cidade, uma obra de ampliação do sistema de esgotamento sanitário. A ação é resultado de um estudo feito pela Prefeitura de Petrolina, em que foi diagnosticado que a rede de esgoto, por conta das ligações clandestinas, não suportava mais a demanda e, com isso, precisava de uma ampliação.
O diretor-presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Rafael Oliveira, explica que o diagnóstico faz parte do projeto Orla Nossa. “Essa é uma medida realizada para que o sistema possa receber as ligações que eram desviadas clandestinamente para vias pluviais e caiam diretamente no rio. É uma das ações do Programa de Revitalização de Áreas Degradadas, o PRAD”, disse.
Sem a devida reforma, o esgoto transbordaria e iria voltar a cair no rio, como comenta o diretor de Projetos da AMMA, Victor Flores. “Essa intervenção vai contribuir na recuperação do rio no trecho, a medida é para evitar que, pelo aumento da vazão, estoure a rede e volte a cair no Velho Chico”, esclarece.
O estudo foi feito pela diretoria de projetos da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) e pela Diretoria de Saneamento da Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Mobilidade (SEINFRAHM). A obra é realizada em parceria da Prefeitura com a Compesa.

sábado, 18 de novembro de 2017

Adubação verde iniciará etapa de recuperação da mata ciliar do rio São Francisco em Petrolina



A recuperação de 12 hectares de solo e mata ciliar do Rio São Francisco será iniciada, nesta semana, em Petrolina. A ação integra o projeto socioambiental Orla Nossa realizada pela prefeitura, através da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).
Nesta primeira etapa será retirada a cobertura vegetal já existente e aplicada o processo de adubamento verde para correção das deficiências do solo. O diretor de projetos da AMMA, Victor Flores, explica que para o replantio da vegetação nativa, devem ser retiradas as algarobas que estão no local. “Esta planta causa efeito alelopático no solo. Além de não ser nativa, ainda inviabiliza o uso da terra, já que suas raízes liberam substâncias que inibem o nascimento de outras plantas no mesmo lugar”, esclarece.
A partir desta terça-feira (31), será feita uma correção do solo e a adubação com matéria orgânica retirada do rio. Neste processo foram recolhidas mais de 40 mil toneladas de sedimentos oriundos do assoreamento.
A adubação verde é o plantio de leguminosas, que tem a função de descompactar o solo com as raízes, reter nitrogênio e nutrientes no solo além de diminuir o processo de erosão, até que as definitivas arbóreas fiquem prontas para o plantio”, explica o diretor de projetos.
As leguminosas devem ser plantadas na semana seguinte. Este será também um espaço de pesquisa e análise de estudantes de pós-graduações de instituições parceiras do projeto.

Projeto Orla Nossa promove aula de campo para alunos do ensino médio



Da teoria para a prática: os alunos de uma escola particular de Petrolina tiveram uma aula bem diferente nesta terça-feira (14). Cerca de 40 alunos, com idade entre 14 e 15 anos, puderam conhecer de perto o trabalho realizado no Rio São Francisco, pelo projeto “Orla Nossa” da Prefeitura de Petrolina, através da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).
Para os alunos do primeiro ano do ensino médio, a aula de educação ambiental foi dividida em dois dias: no primeiro, em sala, os estudantes tiveram uma aula teórica com os resultados já obtidos no processo de revitalização do rio e das margens. No segundo dia, os adolescentes foram a campo e conheceram de perto todo processo desenvolvido para ajudar o Velho Chico.
O diretor de Projetos da AMMA, Victor Flores, destaca a importância deste contato dos jovens com o programa Orla Nossa. “Nossa proposta, além de mostrar como desenvolvemos o programa de revitalização, é despertar a consciência das pessoas para que cuidem do bem mais importante da nossa região, que é o Rio São Francisco. Muitos desses meninos passam por aqui diariamente, mas nunca pararam para perceber que eles também são agentes de transformação”, explica.
A ideia de levar os alunos para uma aula de campo partiu dos professores de geografia Alfredo Andrade e Anderson Leineker. “Estávamos sentindo falta de uma aula prática, chegamos até a ver com outra instituição, quando entramos em contato para agendar com a obra que está sendo realizada no rio. Percebemos então, que esta seria uma boa oportunidade de mostrar aos alunos coisas que já abordamos em sala de aula e que, ao mesmo tempo, fazem parte da realidade deles”, comenta Alfredo.
Nem o dia chuvoso tirou a animação e a vontade de aprender da garotada. A aluna Natália Gurgel disse que em uma única manhã pode perceber vários assuntos vistos em sala de aula. “A gente viu um pouco de solos, horizontes e sistema de reprodução das plantas, como vimos com as baronesas. Achei muito legal porque pude também perceber os reflexos das ações que causamos no rio”, afirma.
Ao final da aula o professor Alfredo avaliou como positivos os ensinamentos da aula de campo e quer repetir a dose com outras turmas. “Queremos trazer outros alunos também, só que agora os mais novos de 10 a 12 anos. Numa manhã só, dá para os alunos verem assuntos de Ciências e Geografia, por exemplo. É bom mostrar que o que eles veem em sala de aula, se aplica aqui fora”, adianta.
Para agendar palestras ou visitas de campo, a instituição deve entrar em contato com a AMMA pelo telefone 3861-4382.
Sobre o Orla Nossa:
O Programa Orla Nossa é um projeto de revitalização do Rio São Francisco que vem sendo desenvolvido desde o início da gestão. Entre os trabalhos realizados pela Prefeitura de Petrolina, estão o estudo e a retirada das baronesas, a inserção de 35 mil alevinos, a operação que identificou e solucionou ligações clandestinas e tubulações que despejavam esgoto no rio. O projeto entra agora na fase de recuperação da mata ciliar degradada na extensão da Orla e no processo de educação ambiental.
Entre as parcerias firmadas, o programa conta com o auxílio do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, 72º Batalhão de Infantaria Motorizada e a Codevasf.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Previsão é de chuvas para a bacia do São Francisco nos próximos dias

O período úmido na bacia do rio São Francisco poderá ser sentido melhor nos próximos sete dias. Quem garante é a equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o assunto foi transmitido na manhã desta segunda-feira (30 de outubro), durante reunião promovida semanalmente pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), e transmitida por videoconferência para os estados da Bacia.
Durante a reunião, a informação passada pelo núcleo responsável pela prevenção e gerenciamento da atuação governamental perante eventuais desastres naturais ocorridos em território brasileiro, a previsão para os próximos sete dias na Bacia do chamado rio da integração nacional é de, pelo menos, 40 milímetros (mm) de precipitação na região do Alto São Francisco.
A notícia está sendo aguardada com ansiedade. De acordo com alguns dos projetos irrigados localizados na Bacia e que participa da reunião, a baixa vazão do Velho Chico está impedido a irrigação, além de outras atividades que são diretamente prejudicadas pela escassez hídrica registrada desde 2013.
O superintendente da ANA, Joaquim Gondim, explicou que apesar da boa notícia, os órgãos reguladores vão manter a defluência de 550 metros cúbicos por segundo (m³/s) no reservatório de Sobradinho (BA). “Ainda esta semana será publicada no Diário Oficial a renovação desse patamar de vazão até abril, conforme havia sido acertado antes”, confirmou Gondim.
As videoconferências que avaliam as condições hidrológicas da Bacia do São Francisco atendem a uma solicitação apresentada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), são realizadas semanalmente.
Por Delane Barros