quarta-feira, 20 de julho de 2022

Recursos hídricos: MPPE recomenda elaboração de projeto de revitalização do riacho Vitória, em Petrolina

A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Petrolina recomendou à gestão municipal elaborar, no prazo de 90 dias, um projeto de revitalização do riacho Vitória, corpo de água que contribui para a drenagem da região sul de Petrolina e deságua na margem esquerda do rio São Francisco.

Através da recomendação, publicada no Diário Oficial Eletrônico, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) almeja estimular o poder público a implementar iniciativas para retirar as invasões vegetais e remover barramentos e obstruções ao longo de todo o percurso do riacho, abrindo caminho para a recuperação da qualidade do manancial.

De acordo com a promotora de Justiça Rosane Moreira Cavalcanti, foi instaurado inquérito civil para investigar as causas do aterramento do riacho Vitória, que pertence à bacia hidrográfica do rio São Francisco, configurando área de preservação permanente de rio federal. No bojo desse procedimento, foram realizadas diligências para investigar as condições ambientais e acompanhar a execução de políticas públicas de saneamento básico na região.

“Ao longo do procedimento, verificamos que a degradação do riacho Vitória causou diversos problemas na cidade de Petrolina, como água salobra e riscos de alagamento em diversas comunidades por causa de represamentos desse corpo d’água ao longo dos anos, além das ocupações irregulares na área de preservação. Assim, a revitalização desse riacho é uma necessidade premente tanto para a preservação do meio ambiente quanto para evitar os riscos de acidentes naturais causados por essa degradação”, detalhou Rosane Cavalcanti.

A Prefeitura de Petrolina tem um prazo de dez dias para responder por escrito sobre as providências adotadas para dar cumprimento à recomendação ministerial.

Fonte: https://www.redegn.com.br/?sessao=noticia&cod_noticia=165727

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Rio São Francisco perdeu 50% de sua superfície em três décadas, aponta levantamento

A Bacia do São Francisco perdeu 50% da superfície de água natural nas últimas 3 décadas, entre 1985 e 2020. Considerando as ações humanas que, por exemplo, trouxeram um aumento artificial de 13% da superfície de água de reservatórios, a redução foi de 4%, com as maiores perdas observadas no Alto e no Baixo São Francisco, 19% e 21% respectivamente.

Os dados são parte de um estudo lançado pelo MapBiomas para marcar o Dia Nacional de Defesa do Rio São Francisco, em 3 de junho, a pedido do Plano Nordeste Potência, iniciativa de um conjunto de organizações brasileiras que trabalham pelo desenvolvimento verde e inclusivo da região.

Rio São Francisco perdeu 50% de sua superfície em três décadas, aponta levantamento



Somente a ação humana pode ser insuficiente para manter o recurso na região, especialmente considerando cenários de redução de chuva previstos para os próximos anos. “A criação de reservatórios aumenta a superfície de água, no entanto temos observado uma tendência de perda de água nos principais reservatórios, além da perda de superfície de água natural significativa na bacia do Rio São Francisco, isso favorece um cenário de crise hídrica”, observou Carlos Souza Jr., coordenador do MapBiomas Água.

O estudo mostra como quatro grandes reservatórios apresentam tendência de queda na superfície de água nos últimos 36 anos. A maior das quedas é registrada na hidrelétrica Luiz Gonzaga (antes Itaparica), entre Pernambuco e Bahia, seguida por Sobradinho, Três Marias e Xingó.

“Esses números refletem o que nós podemos ver na prática. A Bacia do São Francisco sofre com o uso intenso e sem planejamento, seja dos recursos hídricos quanto do seu solo. Hoje existem populações que vivem nessa região e que já sofrem com essas variações. Precisamos implementar soluções como a recuperação das áreas degradadas o mais rápido possível, além de promover uma boa gestão dos recursos”, afirma Renato Cunha, coordenador executivo do Gambá (Grupo Ambientalista da Bahia).

Moradores do entorno do Rio São Francisco jogam futebol em área seca, em 2014


A Bacia do São Francisco é a terceira maior do país e corresponde a cerca de 8% do território nacional. Ainda que haja grandes variações entre os anos, a tendência de queda é clara e soma-se a análises anteriores, inclusive do governo federal. Estudo feito em 2013 pela extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, por exemplo, indicava que poderia haver uma perda de até 65% da vazão até 2040, com base no registro de 2005.

“Os preocupantes indicadores do MapBiomas mostram que é urgente a implantação de um profundo programa de revitalização, previsto desde o início do projeto de transposição e nunca realizado. Além das ações de reflorestamento, recomposição de áreas degradadas e obras de saneamento em centenas de municípios, é fundamental um plano de elevação e estabilização da vazão média do rio e incentivos a um modelo de economia que impulsione a regeneração da bacia hidrográfica”, propõe Sérgio Xavier, coordenador do Projeto HidroSinergia, do Centro Brasil no Clima – CBC, que está desenvolvendo o Lab de Economia Regenerativa do São Francisco nas fronteiras dos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco.

Alterações na paisagem

Outros dados do MapBiomas mostram que o uso da terra na bacia se intensificou no período. Atualmente, a cobertura de vegetação nativa nessa área é de 57%, mas chega a somente 30% no Baixo e 37% no Alto São Francisco.

Apesar de haver áreas consolidadas de agricultura e pastagem, a região hidrográfica perdeu 7 milhões de hectares de vegetação nativa nas últimas três décadas para a agropecuária, restando 36,2 milhões de hectares – desses, somente 17% estão em áreas protegidas. As pastagens ocupam 14,8 milhões de hectares e a agricultura, 3,4 milhões. A formação savânica foi a mais atingida, perdendo 4,6 milhões de hectaress (14%). Além de Cerrado, outros dois biomas compõem a bacia: Mata Atlântica e Caatinga.

As regiões do Baixo e Submédio São Francisco apresentam as maiores taxas de aumento de áreas de pastagem, 50% e 85% respectivamente. No Médio São Francisco, o destaque é para o aumento de 650% da agricultura, principalmente para a expansão da soja nos últimos anos. Já na região do Alto São Francisco, a silvicultura cresceu 400%.

Esse avanço das atividades agrícolas se manifesta em outros indicadores. O Médio São Francisco registrou quase 2 mil alertas de desmatamento em 2019 e 2020, totalizando aproximadamente 99 mil hectares derrubados. A mesma sub-região mostrou o maior crescimento no número de sistemas de irrigação desde 1985, 1.870%, seguido pelo Alto São Francisco, com 1.586%.

“A bacia do São Francisco está sob pressão, tanto pela agricultura quanto pela geração de energia, que coloca em risco milhares de pessoas que vivem na região”, complementa Washington Rocha, coordenador da equipe Caatinga no MapBiomas.



quarta-feira, 20 de abril de 2022

Chuva eleva nível do rio São Francisco e barragem de Sobradinho tem aumento na vazão

Aumento será gradativo, de 1.500 m³ por segundo para 2.300 m³ por segundo. No início deste mês, a barragem atingiu 100% de sua capacidade, que é de 34,1 bilhões de m³ de água.


A chuva que cai na região norte da Bahia, por causa de uma frente fria que chegou ao estado oriunda da região sul, elevou o nível do rio São Francisco. Com isso, a Barragem de Sobradinho terá um aumento gradativo na vazão a partir desta terça-feira (19).

Nas últimas semanas, a vazão de defluência – que é a quantidade de água liberada – estava sendo diminuída, por causa da escassez de chuva. Agora, ela será aumentada gradativamente de 1.500 m³ por segundo para 2.300 m³ por segundo.

A medida foi adotada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e pode afetar a população ribeirinha que vive na região, por isso, é importante que os moradores estejam atentos à possibilidade de precisar deixar imóveis, para evitar alagamentos e prejuízos.

No início deste mês, a Usina Hidrelétrica de Sobradinho atingiu 100% de sua capacidade, que é de 34,1 bilhões de m³ de água. A última vez que essa marca foi alcançada foi há 13 anos, em 2009.

Vazão da barragem neste ano


Reservatório de Sobradinho chega a 100% do volume útil após 13 anos — Foto: Carlos José de Sousa


Em janeiro, com a incidência das forte de chuvas na bacia, por mais de 50 dias, a Chesf manteve a vazão em 4 mil m³ por segundo. O volume foi reduzido no dia 7 de março, para 3.500 m³ por segundo, e depois foi para 3 mil m³ por segundo.

Conforme a companhia, as medidas constantes de aumento ou diminuição da vazão são tomada para preservar o volume seguro em todos os reservatórios, para suprir as necessidades dos usos múltiplos e a geração de energia durante o período seco, que se inicia em maio e segue até novembro.

 

segunda-feira, 21 de março de 2022

Após mais de um mês, vazão do rio São Francisco é reduzida para 3.000 m³/s

A redução da vazão ocorrerá a partir das Usinas Hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Xingó (SE).

Barragem de Sobradinho© Mauricio de Almeida/ TV Brasil Geral


Desde janeiro de 2021, a vazão do Rio São Francisco elevou a um patamar não visto há 13 anos, chegando a 4.000 m³/s. Nesta segunda-feira (7), a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) anunciou a redução do volume de água no Velho Chico para 3.000 m³/s até o próximo sábado (12). Até a quinta-feira (10), a vazão será reduzida a 3.500 m³/s.

A redução da vazão ocorrerá a partir das Usinas Hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Xingó (SE).

Segundo a Chesf, a redução está prevista porque houve a diminuição na incidência de chuvas no alto São Francisco e porque há a necessidade de manutenção dos níveis dos reservatórios na Bacia do São Francisco. Isso porque já se aproxima o final do período úmido que ocorre entre final de abril e início de maio.

As vazões ora anunciadas deverão permanecer no patamar indicado até nova avaliação. No entanto, a companhia alerta para a possibilidade de aumento no nível do rio. "A Companhia chama atenção, ainda, para a importância da não ocupação das áreas no leito do Velho Chico, haja vista eventual aumento no nível do Rio, durante o período úmido".

Retirada de comerciantes

Devido ao aumento da vazão, comerciantes que atuam na Prainha de Penedo, local bastante frequentado por moradores e turistas, precisaram deixar o local, em janeiro.

Naquele mês, o aumento da vazão aumentou gradativamente de 800 m³/s para 4000 m³/s, com elevação entre dois e três metros nas margens. Isto impactou diretamente na paisagem ribeirinha e também nas atividades que dependem do nível das águas. Exemplo disso é a captação para abastecimento humano. De acordo com a Agreste Saneamento, o volume foi tamanho que impactou, inclusive, nos equipamentos preparados para este tipo de situação.

A vazão no Rio São Francisco também atingiu a última canoa de tolda, a Luzitânia, original da época do Brasil Colônia e que estava encalhada em um banco de areia no Rio São Francisco, em Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas. A canoa foi tombada em 2012 como patrimônio histórico nacional pelo Iphan.

Fonte: https://www.gazetaweb.com/noticias/geral/apos-mais-de-um-mes-vazao-do-rio-sao-francisco-e-reduzida-para-3000-ms/

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Hidroelétrica de Três Marias vai liberar mais água no rio São Francisco a partir de segunda

A usina fica na região Central de Minas Gerais (foto: Cemig/Divulgaçã


As chuvas dos últimos dias já começaram a refletir no volume de água armazenada pela Usina Hidroelétrica de Três Marias (UHE Três Marias), na Região Central de Minas Gerais. Por esta razão, a Companhia Energética de Minas Gerias (Cemig) anunciou que irá abrir novamente parte das comportas, liberando mais água no rio São Francisco.

De acordo com a estatal, a bacia hidrográfica passa novamente por um cenário de chuvas, que deve se estender ao longo do final de semana. Nessa situação, é esperado que as vazões afluentes ao reservatório da UHE Três Marias sigam aumentando ao longo do fim de semana.

Considerando esse aumento, a defluência da usina será ajustada, passando de 2.200 metros cúbicos por segundo (m³/s)  para o patamar de 2.480 m³/s na próxima segunda-feira (14).

Já a afluência terminou janeiro a pouco mais de 1.500 m³/s, depois de atingir a marca histórica de mais de 9.200 m³/s no dia 13, a maior em quase 60 anos de operação da UHE Três Marias. Na manhã deste sábado (12), a vazão de entrada de água no reservatório já era superior a 3.900 m³/s, o que está fazendo com que o volume de água aumente.

No momento das chuvas mais intensas do último mês, o volume último chegou a 94%. Enquanto as chuvas deram trégua e as comportas ficaram abertas com vazão de 3.000 m³/s, o volume recuou para 85,9% no último sábado (5). Desde então, o volume voltou a subir, superando 89%.

O início do controle de cheia em Três Marias começou no dia 7 de janeiro, quando a produção de energia começou a ser otimizada, aumentando a vazão turbinada de 150 m³/s para 800 m³/s. No dia 14, houve o início da abertura das comportas e no dia 21 a defluência chegou a 3.000 m³/s, permanecendo neste patamar até o dia 30, quando iniciou-se uma redução para 2.200 m³/s.

A Cemig chegou a anunciar que fecharia todas as comportas, entretanto, diante do cenário de novas chuvas, voltou atrás da decisão e manteve a liberação de volume maior de água.

Patrimônio ameaçado

A Cemig opera a UHE de Três Marias no sentido de tentar evitar uma cheia maior em Pirapora, onde o Vapor Benjamin Guimarães está atracado em um canteiro às margens do rio para ser restaurado. Em janeiro, antes mesmo da abertura das comportas, as cheias do rio Abaeté elevaram o nível da água, que chegou a atingir a base do casco da embarcação.

À época, houve uma grande preocupação da enchente atingir o vapor e até mesmo fazer com que ele tombasse. No entanto, a Cemig esperou o vazão do rio Abaeté baixar para abrir as comportas e a embarcação não sofreu danos.

Com a previsão da continuidade da chuva nos próximos dias, há preocupação por nova elevação do Velho Chico na área onde está o Benjamin. A restauração estava sendo realizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico de Minas Gerais (Iphea-MG), em convênio com o Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan). Porém, os recursos não foram repassados e os trabalhos foram interrompidos.

Diante do impasse, o Governo de Minas Gerais anunciou no mês passado que irá assumir a integridade da restauração do último barco a lenha ainda em condições de navegabilidade no mundo.

Norte de Minas e Bahia

Na Região Norte do Estado, o nível do rio São Francisco voltou a subir depois de abaixar quase três metros após o pico da cheia, ocorrida entre 20 e 28 de janeiro no trecho que vai da foz do rio das Velhas até a divisa com a Bahia. Em Cachoeira da Manteiga, no município de Buritizeiro, primeiro ponto de monitoramento depois de Pirapora, o nível recuperou mais de 1,60 m durante esta semana.

Este cenário de alta se repete até a Bahia, onde o volume de água já voltou a aumentar em Carinhanha e Malhada, primeiras cidades do estado banhadas pelo Velho Chico. Em Bom Jesus da Lapa, onde o nível chegou a 9,20 m no último sábado (5), recuou apenas 40 centímetros ao longo da semana e já apresenta tendência de estabilidade, com possibilidade de voltar a subir nos próximos dois ou três dias.

Neste momento, o pico da cheia de janeiro ainda não chegou ao reservatório da Hidroelétrica de Sobradinho. O nível começa a se estabilizar em Ibotirama e Morpará, mas ainda deve ganhar mais alguns centímetros em Barra.

Sobradinho

O reservatório de Sobradinho atingiu 71,75% nesta sexta-feira (11) e segue ganhando volume, segundo dados da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). A hidroelétrica segue com defluência de 4.000 m³/s. A estatal informou que esta vazão será mantida pelo menos até o dia 28, podendo ser alterada de acordo com as condições das chuvas na bacia.

Veja o comunicado da Chesf:

Durante a reunião de acompanhamento da operação dos reservatórios do São Francisco, coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA, ocorrida no último dia 08, foi comunicada a programação que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) deverá manter, de defluências médias diárias de Sobradinho e Xingó no patamar de 4 mil m³/s até próximo dia 28 de fevereiro.

A programação para fevereiro, ora comunicada, confirma a manutenção do que havia sido informado no último dia 1º através da Carta Circular 011/2022 para os reservatórios de Sobradinho e Xingó.

A vazão de 4.000 m³/s, pelas regras estabelecidas, é a metade do valor da descarga de restrição máxima. “Até o momento, não há previsão de aumento de vazão do São Francisco: ao contrário, a expectativa é de gradativa redução”, afirmou o Diretor de Operação João Henrique Franklin.

A Companhia ressalta que, com o objetivo de mitigar possíveis impactos da elevação de vazões, é imprescindível que seja evitada a ocupação de áreas situadas nas planícies de inundação.

A situação hidrológica está sendo permanentemente avaliada, podendo haver alterações nestes valores, em função da evolução das chuvas e vazões na Bacia do Velho Chico.

Previsão de chuvas

As previsões continuam apontando para a ocorrência de mais chuvas em toda a bacia do rio São Francisco, principalmente nas partes mais altas de Minas Gerais e da Bahia. Os volumes pode superar 200 mm em algumas localizadas à jusante da UHE de Três Marias.

Fonte: https://www.bomjesusdalapanoticias.com.br/brasil/hidroeletrica-de-tres-marias-vai-liberar-mais-agua-no-rio-sao-francisco-a-partir-de-segunda/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Vazão do rio São Francisco é mantida em 4 mil m³/s nos reservatórios de Sobradinho e Xingó

Em nota, o comitê chama a atenção para a não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) emitiu uma nota, nesta terça-feira (1º), informando que a vazão do rio São Francisco, nos reservatórios de Sobradinho e Xingó, será mantido em 4.000 m³/s até o dia 15 de fevereiro.

A decisão foi tomada durante reunião da Sala de Crise da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizada durante esta manhã.

"Conforme vimos comunicando, as vazões dos reservatórios de Sobradinho e Xingó foram elevadas gradualmente do patamar de 1.000 m³/s para o patamar de 4.000 m³/s, do período de 12 de janeiro a 24 de janeiro. A operação é necessária mediante condição de cheia declarada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em articulação com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), provocada pelas fortes chuvas ocorridas em Minas Gerais", diz trecho da nota.

No documento, o comitê chama a atenção para a não ocupação de áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, considerando a possibilidade de elevação da vazão a depender da evolução do quadro de chuvas na bacia.

"Nesse sentido, pedimos o apoio dos Poderes Públicos Municipais para o acompanhamento dessa questão no âmbito de cada município", finaliza a nota, que é assinada pelo presidente do CBHSF, José Maciel Nunes de Oliveira.

Fonte: https://www.7segundos.com.br/arapiraca/noticias/2022/02/01/197398-vazao-do-rio-sao-francisco-e-mantida-em-4-mil-m3s-nos-reservatorios-de-sobradinho-e-xingo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Vazão de 4 mil m³/s em Sobradinho permanece até 1º de fevereiro

Medida visa manter nível de segurança por conta da cheia do Rio São Francisco

A vazão da barragem de Sobradinho (BA), a maior do Nordeste, atingiu 4 mil m³/s nesta segunda-feira (24) e vai permanecer nesse patamar ao menos até o dia 1º de fevereiro. A marca é a maior dos últimos 13 anos. A informação foi divulgada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). O aumento da vazão vem acontecendo gradualmente desde o dia 12 de janeiro e se dá em razão da cheia na Bacia do Rio São Francisco, ocasionada pelas chuvas que atingem a Bahia e Minas Gerais desde dezembro. 

“Nessas condições, caracterizada a necessidade de operação para controle de cheias, Cemig e Chesf, agentes responsáveis pelas principais hidrelétricas do rio São Francisco, identificam a necessidade de aumentar as vazões defluentes praticadas com o objetivo de preservar os volumes de espera dos reservatórios. Os volumes de espera são projetados para suportar as ondas de cheia e proteger as populações e estruturas abaixo das barragens contra inundações”, explicou a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). 

As barragens de Itaparica e Paulo Afonso também estão com vazão elevada, assim como a de Xingó, que fica entre Sergipe e Alagoas e faz parte do grupo de barragens alimentadas pelo São Francisco. O bairro Angari, em Juazeiro, é um dos mais atingidos. A Defesa Civil do município mapeou 25 famílias que precisavam deixar as casas; dessas, 20 aceitaram a mudança. Em Bom Jesus da Lapa, famílias também estão deixando suas casas e uma força tarefa foi montada para resgatar animais atingidos pelas águas. 

Em Abaré, o Secretário de Agricultura Marcelo Tolentino alertou os produtores agropecuários da região ribeirinha, para observarem diariamente o aumento do nível das águas do rio, visando a segurança de suas famílias, a proteção dos seus equipamentos de trabalho e o remanejamento dos seus criatórios para áreas seguras. Em Paulo Afonso, as cachoeiras voltaram a ter grande volume, contribuindo com o turismo na cidade. 

Segundo a Chesf, o nível do rio deve continuar subindo até meados de abril, porque há previsão de chuva para a região, especialmente na Bacia do Rio São Francisco.

Cheia do Rio São Francisco

Prefeituras de municípios ribeirinhos do Submédio e Baixo São Francisco foram contatadas e alertadas no dia 11 pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) sobre as alterações de vazão e das condições de cheia no Velho Chico, para preservar a população ribeirinha. O nível do rio vem subindo desde o dia 12 de janeiro. 

“O Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS, declarou regime de cheia na Bacia do Rio São Francisco e, dessa forma, temos que atuar com regras específicas, aguardando chegar mais água, pois ainda há chuvas para chegar na Bahia vindas de Minas Gerais. A previsão é Sobradinho, nosso maior reservatório, alcançar 75% de armazenamento no fim de janeiro”, informou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.

Segundo a Chesf, a Bacia do São Francisco passava por um período de seca predominante, por isso a vazão de 4 mil m³/s não era necessária há 12 anos. A nível de comparação, a capacidade de Sobradinho chegou a 1% em 2015. Neste domingo (23), a capacidade era de 67%. “Vínhamos com uma política totalmente diferente, voltada para a seca. Agora em janeiro, tudo mudou. E estamos observando cheias mais recorrentes, a tendência é de que os intervalos entre elas sejam mais curtos, tudo isso devido às mudanças climáticas”, disse o Secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHRS), Almacks Luiz Silva.

Nesta terça (25), acontece mais uma reunião da Sala de Monitoramento da Agência Nacional de Água para o cálculo da quantidade de água prevista para chegar às barragens até o final do período úmido, em abril. 




Cheia do São Francisco com vazão de 4.000m³/s em Juazeiro/BA.

O rio São Francisco está com vazão de 4.000m³/s neste dia 26/01/22, segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Na vila de pescadores no bairro Angary, habitações que foram construídas a poucos metros da margem do rio estão alagadas. No ponto das barquinhas, que faz a travessia entre Juazeiro/BA e Petrolina/PE, as águas estão na rampa de acesso próximo ao paredão do cais. Em alguns pontos na parte baixa da orla a passarela foi invadida pelas águas.











sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Novas imagens mostram o avanço das águas do rio São Francisco na orla II de Juazeiro/BA.

A vazão liberada está em 3.305 m³/s, com data de 20/01/22, segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

Foto: BARRETO, 21/01/2022.

 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Imagens próximas ao bairro Angary em Juazeiro-BA/ vazão de 2.877m³/s

Segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) a vazão do dia 19/01 do Lago de Sobradinho está em 2.877 m³/s.

As imagens abaixo mostram as fotos tiradas em Juazeiro/BA próximas ao bairro Angary. O bairro é formado em sua maioria por pescadores. 

As três ultimas fotos mostram a cidade de Petrolina/PE na margem esquerda do rio São Francisco.


Foto: BARRETO, janeiro/2022.

Foto: BARRETO, 20/01/2022.

Foto: BARRETO, 20/01/2022.

Foto: BARRETO, 20/01/2022.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Chesf alerta 33 prefeituras sobre cheia no Rio São Francisco; situação pode causar alagamentos em três cidades baianas

Juazeiro, Paulo Afonso e Curaçá estão na lista dos municípios contatados pela empresa.


A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) alertou 33 prefeituras de municípios ribeirinhos, em quatro estados do nordeste, sobre a cheia no Rio São Francisco. Na Bahia, a situação pode causar alagamentos nas cidades de Juazeiro, Paulo Afonso e Curaçá.

O alerta da Chesf foi enviado também para cidades em Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O aumento do nível do rio começou no dia 12 de janeiro. Por causa da cheia, a liberação da água na barragem de Sobradinho deve ser ampliada para 4.000 m³ até a próxima segunda-feira (24). Essa é a maior vazão hídrica dos últimos 12 anos e regiões do Submédio e Baixo São Francisco podem ficar alagadas, segundo informou a Chesf.

Ainda segundo a empresa, as águas estão sendo liberadas para aguardar o grande volume de chuvas que estão caindo no Alto São Francisco durante o mês de janeiro.

"A previsão é que Sobradinho, nosso maior reservatório, alcance 75% de armazenamento no fim de janeiro”, informou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.

Confira as cidades ribeirinhas já contatadas pela Chesf:


Submédio São Francisco

Juazeiro - BA
Curaçá - BA
Paulo Afonso - BA
Petrolina - PE
Belém do São Francisco - PE
Cabrobó - PE
Floresta - PE
Lagoa Grande - PE
Santa Maria da Boa Vista - PE

Baixo São Francisco:

Penedo-AL
Pão de Açúcar-AL
Belo Monte - AL
Olho D’Água do Casado-AL
Porto Real do Colégio-AL
Piaçabuçu-AL
Piranhas-AL
São Brás-AL
Igreja Nova - AL
Traipu - AL
Propriá - SE
Amparo do São Francisco - SE
Brejo Grande - SE
Canhoba - SE
Canindé do São Francisco - SE
Gararu - SE
Ilha das Flores - SE
Monte Alegre de Sergipe - SE
Nossa Senhora de Lourdes - SE
Nossa Senhora da Glória - SE
Neópolis - SE
Poço Redondo - SE
Porto da Folha - SE
Telha - SE