segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Reportagem mostra agonia do Velho Chico

A rede Record de Televisão exibiu neste domingo (1º de outubro) uma longa matéria, na qual retrata as dificuldades enfrentadas pelo rio São Francisco especialmente na sua foz. Durante mais de 15 minutos, pescadores, prefeitos da região, lideranças comunitárias e diversos ribeirinhos que viram o auge do chamado rio da integração nacional, relataram a dor que sentem ao constatar a intrusão salina na região na qual há o encontro do Velho Chico com o mar.
O repórter Michael Keller conseguiu captar barcos que chegam vazios após longos períodos de pesca. Conversou com moradores do município de Piaçabuçu, em Alagoas, e provou da água salgada, encontrada atualmente na foz. O São Francisco, nos seus mais de 2.800 quilômetros de extensão é um dos mais importantes do país.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, apresentou o que vem sendo feito pelo órgão colegiado em defesa do Velho Chico. Ele também apontou as possíveis soluções para minimizar os efeitos da alta salinidade registrada na região.
A matéria completa está disponível no link http://r7.com/e3LH

Chuvas começam em pequenas quantidades na bacia do São Francisco

O período úmido na bacia do rio São Francisco começa a ser monitorado a partir de agora, mas os registros ainda são incipientes, conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). As informações foram transmitidas na manhã desta segunda-feira (2 de outubro), durante reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA) para avaliar as condições hidrológicas na bacia do chamado rio da integração nacional.
De acordo com a avaliação hidrológica, a precipitação prevista para esta primeira semana de outubro ainda é de poucas chuvas na região do Alto São Francisco, considerada como sendo a região “produtora” de água para a bacia.
Diante do cenário, as previsões ainda permanecem de maneira restritiva. Com isso, a vazão praticada em Sobradinho, na Bahia, continua sendo de 580 metros cúbicos por segundo (m³/s) e de 550 m³/s em Xingó, entre Alagoas e Sergipe. A partir da segunda-feira da próxima semana, esse patamar será reduzido em Sobradinho para o mesmo nível de vazão em Xingó, ou seja, 550 m³/s.
Durante a reunião, a equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente de Sergipe e da companhia de abastecimento do Estado (Deso) confirmaram que até o final do mês o conjunto de bombas flutuantes começa a operar na captação para atendimento da população sergipana. A empresa de abastecimento comunicou, durante reuniões anteriores, a dificuldade em captar água para atender a população, devido à intrusão salina provocada pela baixa vazão do rio.
Diante da narrativa, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, havia anunciado a disposição em contribuir com a Deso para a aquisição do conjunto de bombas. O esforço não foi necessário, pois a companhia conseguiu o empréstimo do equipamento junto ao governo do estado de São Paulo.
Durante a reunião, o diretor técnico da Peixe Vivo, agência de bacia do Comitê, Alberto Simon, anunciou a realização do próximo Encontro de Afluentes do São Francisco, marcado para quinta e sexta-feira próximos, em Salvador (BA). A reunião da ANA é realizada todas as segundas-feiras e transmitida por videoconferência para todos os estados inseridos na bacia do Velho Chico. A iniciativa atende a uma demanda apresentada pelo CBHSF e implementada pela agência federal.