segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Jorge de Altinho - Petrolina, Juazeiro


Petrolina Juazeiro



Nas margens do São Francisco nasceu a beleza
E a natureza ela conservou
Jesus abençoou com sua mão divina
Pra não morrer de saudade vou voltar pra Petrolina
Do outro lado do rio tem uma cidade
Que na minha mocidade eu visitava todo dia
Atravessava a ponte, mas que alegria
Chegava em Juazeiro, Juazeiro da Bahia
Petrolina, Juazeiro
Juazeiro, Petrolina
Todas as duas eu acho uma coisa linda
Eu gosto de Juazeiro
Mas adoro Petrolina
Ainda me lembro dos meus tempos de criança
Esquisita era a carranca e o apito do trem
Mas achava lindo quando a ponte levantava
E o vapor passava num gostoso vai-e-vem

O CIÚME - GAL COSTA & CAETANO VELOSO


O Ciúme



Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia

Tudo esbarra embriagado de seu lume 

Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia 

Só vigia um ponto negro: o meu ciúme 

O ciúme lançou sua flecha preta 

E se viu ferido justo na garganta 

Quem nem alegre nem triste nem poeta 

Entre Petrolina e Juazeiro canta 

Velho Chico vens de Minas 

De onde o oculto do mistério se escondeu 

Sei que o levas todo em ti, não me ensinas 

E eu sou só, eu só, eu só, eu 

Juazeiro, nem te lembras dessa tarde 

Petrolina, nem chegaste a perceber 

Mas, na voz que canta tudo ainda arde 

Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê 

Tanta gente canta, tanta gente cala 

Tantas almas esticadas no curtume 

Sobre toda estrada, sobre toda sala 

Paira, monstruosa, a sombra do ciúme

Sobradinho, por Sá e Guarabyra


Sobradinho


O homem chega e já desfaz a natureza

Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar

O São Francisco lá prá cima da Bahia

Diz que dia menos dia, vai subir bem devagar

E passo a passo vai cumprindo a profecia

Do beato que dizia que o sertão ia alagar

O sertão vai virar mar...

Dá no coração

O medo que algum dia

o mar também vire sertão

Vai virar mar,

Dá no coração

O medo que algum dia

O mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casa - Nova, Santo-Sé

Adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir

Debaixo d'água lá se vai a vida inteira

Por cima da cachoeira o Gaiola vai subir

Vai ter barragem no salto do Sobradinho

E o povo vai se embora com medo de se afogar

O sertão vai virar mar...

Dá no coração

O medo que algum dia

O mar também vire sertão

Vai virar mar,

Dá no coração

O medo que algum dia

O mar também vire sertão

Remanso, Casa-Nova, Santo-sé, Pilão Arcado
Sobradinho

Adeus,adeus!

Geraldo Azevedo - Barcarola do São Francisco



Barcarola do São Francisco



Compositor: Geraldo Azevedo / Carlos Fernando


É a luz do sol que encandeia
Sereia de além mar
Clara como o clarão do dia
Mareja o meu olhar
Olho d'água, beira de rio
Vento, vela a bailar
Barcarola do São Francisco
Me leve para amar

Era um domingo de lua
Quando deixei Jatobá
Era quem sabe esperança
Indo à outro lugar
Barcarola do São Francisco
Velejo agora no mar
Sem leme, mapa ou tesouro
De prata ou luar

Eu, em sonho um beija-flor
Rasgando tardes vou buscar
Em outro céu
Noite longe que ficou em mim
Quero lembrar

Era um domingo..

Nilton Freitas - Boato Ribeirinho


Boato Ribeirinho
Wilson Duarte, Wilson Freitas e Nilton Freitas


Corre um boato na beira do rio
Que o velho Chico pode morrer
Virar riacho e correr pro nada

Viajando por temporada
Quando a chuva do meu Deus
Dará chegar, dará chegar

Já dizia Frei Luiz de Xique-Xique
Quão chique é ter
Um rio pra nadar a correr
Quão chique é ter
Um rio pra pescar e pra beber

Não deixe morrer
Não deixe o rio morrer
Se não que será de mim
Que só tenho esse rio pra viver

Que será
Que será de mim
Que será de José sera fim
Qual será o destino do menino
Que nasceu e cresceu aprendendo a pescar Surubim

Não deixe morrer
Não deixe o rio morrer
Se não morre o ribeirinho
De fome, de sede, de sei lá o quê
Se não morre o ribeirinho
De fome, de sede, de sei lá o quê.

Trabalho de alunos da escola Dr. Pacífico Rodrigues da Luz sobre a poluição no rio São Francisco