domingo, 20 de maio de 2018

Documentário e livro sobre o rio São Francisco serão lançados em Alagoas

Obras de mesmo nome, 'Navegar é Preciso - na Rota dos 200 anos', são do jornalista Mário Lima e do cineasta Charles Northrup.



Livro e documentário serão lançados no Palácio Floriano Peixoto (Foto: Adasilson Calheiros/Assessoria)

     Para celebrar o bicentenário de Alagoas, será lançado o livro e o documentário de mesmo nome “Navegar é Preciso - Na Rota dos 200 anos”, feitos pelo jornalista Mário Lima e o cineasta Charles Northrup. A solenidade acontece na Museu Palácio Floriano Peixoto, na noite de sexta-feira (27).
     O projeto "Na Rota dos 200 Anos" foi elaborado pelo governador Renan Filho no ano passado e levou autoridades e membros da sociedade civil a acompanhar uma viagem a bordo de catamarãs pelo rio São Francisco, um dos mais importantes do Nordeste e do Brasil. Com início em Piranhas, a expedição fez paradas em Pão de Açúcar, Traipu, Porto Real do Colégio e Penedo.
     Para o jornalista Mário Lima, o livro mostra a atual realidade da Bacia Hidrográfica do rio, com foco no Baixo São Francisco alagoano, a partir de uma série de reportagens, pesquisas e entrevistas realizadas durante a expedição.
     “Neste primeiro livro, além de contar com o diário de bordo do governador Renan Filho, ao longo das cidades ribeirinhas, de Piranhas a Penedo, o livro traz um brado alerta sobre a atual situação do rio São Francisco, e seus atuais problemas (controle de vazão da água, falta de chuvas, degradação das águas e das terras, navegabilidade, abastecimento, salinização das águas e saneamento básicos)”, afirmou Lima.
     Ainda segundo o jornalista, dos negros de Palmares comandados por Zumbi, na Serra da Barriga; até Porto Calvo, no Norte, com o surgimento dos engenhos de açúcar e a escravidão negra e índia; as guerras luso-flamengas, a luta e a morte do herói Calabar.
     A terra dos marechais que fundaram a República Brasileira, na antiga província Alagoa do Sul, hoje Marechal Deodoro; e Maceió, a capital das Alagoas, com sua história e reflexões sobre seu passado, presente e futuro, serão temas abordados em mais outros quatro livros que serão lançados.
     Para o cineasta Charles Northrup, através do documentário serão contadas histórias pelos ribeirinhos, seus conflitos, reivindicações e a relação umbilical e poética com o Velho Chico. Além disso, o levantamento feito durante a expedição e mostrado no filme é também um pedido de socorro.
    “Através de pesquisas ao longo dos últimos dez anos e dos relatos dos próprios ribeirinhos, conclui que uma das grandes missões deste projeto é mostrar que o rio São Francisco precisa ser revitalizado, pois a população clama por água”, ressaltou.

Compesa é multada por despejar esgoto sem tratamento no Rio São Francisco

Segundo a prefeitura de Petrolina, a Compesa foi a responsável pela ligação irregular, e, por isso, o município aplicou uma multa de R$20 milhões no órgão.


    
     A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) de Petrolina encontrou uma ligação clandestina de esgoto que despeja esgoto diretamente no Rio São Francisco. A irregularidade foi identificada em uma área entre o bairro Atrás Banca e Orla II, próximo a uma obra da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Segundo a prefeitura, a Compesa foi a responsável pela ligação irregular, e, por isso, o município aplicou uma multa de R$20 milhões no órgão.
     O diretor-presidente da Amma, Pedro Neto, revelou que o esgoto deságuava no Rio São Francisco sem nenhum tipo de tratamento. “O transporte desse esgoto estava sendo feito pela galeria de rede de água pluvial do município e não pela de esgoto. Então ele fazia a coleta e o transporte de maneira irregular, bem como o lançamento sem o tratamento no Rio São Francisco”, explicou.
     A irregularidade foi identificada na última segunda-feira (14). O município notificou a Compesa e deu um prazo de 10 dias para companhia resolver o problema. No auto de infração, a multa é classificada como simples, no valor de R$20 milhões de reais. A autuação tem como base os artigos 61 e 62 do decreto federal 6514/08 que tratam de poluição e lançamento de resíduos no meio ambiente.
     Em nota, a Compesa informou que recebeu com indignação a acusação da Prefeitura de Petrolina, e garantiu que não despeja esgoto no Rio São Francisco. Segundo o órgão, assim que a ligação clandestina foi identificada, foram também tomadas providências imediatas para correção. Inclusive a Compesa afirmou que está investigando quem fez essa ligação para que sejam aplicadas às penalidades. A companhia destacou ainda que também trabalha na fiscalização e no combate às ligações clandestinas de esgoto. A Compesa disse que vai recorrer na justiça do pagamento da multa aplicada pela prefeitura.