quarta-feira, 13 de julho de 2016

Em visita à Petrolina, presidente da Compesa fala sobre decisão do STF

Presidente da Companhia, Ricardo Barreto, afirmou que vai recorrer.
Gestores visitaram estações de tratamento de água e esgoto.

Nesta segunda-feira (11) o presidente em exercício da Companhia Pernambucana de Saneamento de Pernambuco (Compesa), Ricardo Barreto, visitou a Estação de Tratamento de Água Vitória (ETA Vitória) em Petrolina, no Sertão pernambucano. A vinda também foi uma oportunidade para posicionar-se sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da quebra do contrato entre Compesa e Prefeitura de Petrolina.
Segundo o presidente em exercício da Compesa, a Companhia ainda deverá entrar com recursos, pois o Supremo está em recesso de 30 dias. “Assim que retornar vamos dar entrada no recurso, pois entendemos que o serviço, tanto de esgotamento sanitário quanto de abastecimento de água, atende aos padrões de satisfação para a população. E quando a gente compara os níveis de atendimento de Petrolina com o cenário nacional, Petrolina hoje tem 80% da cobertura da coleta e a gente trata 100% do que coleta. Já de abastecimento de água é 100% de cobertura”, afirmou o presidente da Companhia.
Na decisão, foi restabelecida a municipalização dos serviços de água e esgoto à prefeitura. A autorização divulgada no Diário Oficial no dia 27 de junho foi dada pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski.
Ricardo Barreto estava acompanhado do  gerente Regional da Compesa, João Raphael Queiroz, e do diretor Regional do Interior, Marcone de Azevedo. Além da ETA Vitória, o grupo também foi à estação de tratamento de água no Centro da cidade. Em entrevista, o presidente em exercício da Compesa negou que a Companhia despeje esgoto de forma natural no Rio São Francisco.
“Temos áreas em Petrolina ocupadas de forma irregular que tiveram preparação de infraestrutura inadequada. A rede de esgoto é coletada das residências e leva para estação de tratamento de esgoto. Ao longo do tempo a população foi ligando a rede das casas na drenagem. Hoje pode ter ocupação clandestina para os rios e para os canais desde que o imóvel não tenha se reconectado à rede de esgoto”, explicou o presidente da Compesa.
Segundo ele, a responsabilidade de avaliar este problema é da Prefeitura de Petrolina. Mas caso exista rede da Compesa no trecho e isso seja identificado pela prefeitura, a ação deverá ser feita de forma conjunta para que seja regularizada a situação.