A
partir desta sexta-feira (01), o trabalho de manutenção de praças e jardins
realizado pela Prefeitura de Petrolina vai ganhar um importante reforço. É que
com uma técnica inovadora, a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) está
transformando as baronesas que ficavam acumuladas nas margens do rio São
Francisco em composto orgânico. A ideia é que o material seja utilizado na
fertilização do solo das praças e jardins do município. Por estarem bem
carentes de nutrientes, as árvores localizadas na Avenida Monsenhor Ângelo
Sampaio, no centro da cidade, vão ser as primeiras a receber o novo adubo.
Desde
que foi lançado, em março deste ano como uma das principais bandeiras da gestão
do prefeito Miguel Coelho, o programa de revitalização do rio São Francisco
‘Orla Nossa’, já retirou cerca de 2 mil toneladas de baronesas que estavam
amontoadas nas margens do Velho Chico, em Petrolina. Esse número, representa
quase 60% do total estimado que era de 3,5 mil toneladas. Em vez de
simplesmente jogar todo o material fora, a AMMA estabeleceu uma parceria com o
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF
Sertão-PE) e com a CTR-PE, responsável pelo aterro sanitário da cidade, para a
produção do composto orgânico a partir das baronesas. Inicialmente, 5m³ de
adubo foram feitos com sucesso.
O
COMPOSTO
A
ideia era diminuir o uso de esterco, que está caro por causa da redução do
rebanho ocasionada pela seca na região, além de otimizar o tempo de produção do
material, que normalmente leva 90 dias, em média. Sob coordenação do Diretor de
Projetos Ambientais da AMMA, Victor Flores, alguns testes foram realizados até
que se encontrasse a melhor composição de materiais. “Usamos um biocatalisador
e menores concentrações de esterco, para produzir o composto. Com esta
metodologia conseguimos um adubo orgânico, com ótimos índices de fertilidade e
que está em conformidade com MAPA. Também reduzimos significativamente o tempo
de produção para apenas 32 dias, pouco mais de um terço dos métodos
tradicionais”, comemora.
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